enviada por: Pr. Israel Belo de Azevedo
Ele faz com que a estéril se torne mãe. Deus, extraordinário, sorri. A mulher gargalha.
Ele faz com que os "velhos", como são chamados os que o corpo já limita, não só sonhem como façam. Com ele, extraordinariamente, ao lado, a vida começa a cada manhã, cheia de novos projetos e de relatos de realização.
Ele faz com que a viúva se alegre nas vitórias do filho, como se a vida, pelo extraordinário conforto que dispensa, simplesmente continuasse, saudosa mas bela.
Ele faz com que o deprimido se levante da cama, como se uma extraordinária mão o erguesse, mesmo que a doença o prostre de novo, para, de novo, ser levantado.
Ele faz com que o que tem muito (quem tem pouco já faz isto) descubra como é bom compartilhar com quem não tem apenas pela alegria, não pelos aplausos que o gesto possa produzir, mas por uma espécie de extraordinário chamado.
Ele faz com que, num mundo ordinariamente injusto, as causas justas sejam julgadas do modo justo, até quando demoram.
Ele faz com que o menino que aprendeu a ler aos nove anos de idade escreva livros, alguns para dizer o quanto Deus é extraordinário.
Ele faz com que uma professora perto de se aposentar ainda ame extraordinariamente seu ofício, ou melhor, suas crianças, e continue a acreditar que a educação vai mudar suas vidas.
Ele faz com que cada pessoa receba um sentido para a sua vida, mesmo quando o acaso pareça ordinariamente mais lógico, lógico e deprimente.
Mesmo quando age como se fosse uma pessoa comum, Deus é extraordinário.
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